segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Comunique-se bem com o Chefe e destaque-se entre os demais

Gil Schwartz
Publicado por Revista MH

Poucas gafes no ambiente de trabalho são fatais. Você pode se vestir como nerd e ainda fazer sucesso (Bill Gates não fez?). Pode lançar grosserias aos subordinados, chegar atrasado ou ser um tremendo preguiçoso, e ainda prosperar. Mas você não pode reprovar em Comunicação com o Chefe. Se isso acontecer, sua derrocada é certa. Veja aqui os principais jeitos de mandar bem no trato com seu manda-chuva (ops!). Mandar bem com o… Qual o nome do seu/sua chefe?

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Chefes odeiam tagarelice, menos a deles. Cada comunicado precisa ter uma razão. Qual o objetivo da sua conversa? Quanto deve durar? Realmente é necessária? 
Não há como substituir as reuniões como meio supremo de falar com o chefe. Não me refiro ao bate-papo informal e à social, mas à reunião organizada, com pauta. Nela, além do objetivo declarado (que, em geral, não tem tanta relevância), você pode fazer algumas coisas muito importantes, como (mas não somente)…


  • Impressionar. Mas não seja exibido. Apenas mostre ser bom no que faz.
  • Alfinetar adversários e concorrentes. Os outros às vezes precisam de cutucadas.
  • Bajular de forma leve e apropriada – não ache que não é bom para o seu sucesso.
  • Averiguar armadilhas. Observadores perspicazes faturam bons insights.
  • Induzir risos. As pessoas costumam ficar tão entediadas em reuniões que uma sutil frase bem-humorada, se sancionada pelo chefe, pode levantar a atmosfera.

Os peritos em conversas com chefes sabem entregar um saco de pepinos sem derramar tudo em si. Mas há quem evite dar notícias chatas ao Beto. Além de ser um banana, esse cara não está pensando de forma estratégica. Contar ao chefe coisas que podem irritá-lo (mesmo que você seja a causa parcial) indica coragem.

Entenda o seguinte: você é o mestre da discussão. O chefe pode ter convocado a deliberação, mas você define o tom, estabelece o contexto e organiza uma estrutura de diálogo clara e ágil. Não desperdice o tempo do "homem". Mesmo que entre um papo e outro com você ele só faça olhar pela janela, trata-se de alguém que acredita possuir horas mais valiosas que as suas. Então use com sabedoria esse relógio superfaturado. Seja breve. E contundente.

Ao acabar de falar, caia fora com ímpeto e postura decisiva, porque você é um sujeito ocupado. Se o chefe quiser jogar conversa fora, fantástico, claro. Mas fique atento para não avançar demais, nem de menos. Você está no meio de um vasto deserto de desatenção e ansiedade que é a mente do executivo. Valorize seu trânsito ali. Lembre-se de sempre sair com algo concreto – uma ordem, um plano, uma risada, o que for. Isso foi uma transação formal, o que significa fazer negócios.
Superaproveite as reuniões
Além de curtas e focadas, as boas reuniões fazem com que todos se sintam bem consigo. Lembre: a genuína função delas, não importa o tema, é fazer você mais poderoso do que quando entrou.

Envie só dois tipos de e-mail

As pessoas costumam abusar da comunicação eletrônica, especialmente para falar com o chefe. Fique ligado: não há como substituir o encontro pessoal para tratar de assuntos sérios. Um cafezinho pela manhã é o fio dourado que tece carreiras inteiras. Dito isso, o e-mail adquire outras duas funções, valiosíssimas: (a) transmitir notícias comuns e (b) pedir uma "decisão" sobre algo pontual e relativamente rápido.
Acontecem muitas novidades num dia de trabalho. O e-mail informativo deve ser curto e incisivo: "Tive a reunião com Barfinger. Foi bem. Se precisar de mais dados, avise". O ruim: "Beto, a reunião com Sr. Barfinger, da Barfinger, Barfinger & Bean, ocorreu na sala de conferências do 14º andar, às 10h de hoje. O possível aumento do indicador de mucilagem no Skokie foi blá-blá-blá…" Sacou?
Quanto à segunda função do e-mail, coloquei a palavra decisão entre aspas porque em 98% das vezes não são decisões em si, mas simples permissões. Quando pergunta ao Chefe se tudo bem você ir ao Rio de Janeiro por causa daquele assunto, não está buscando uma decisão. Quer a liberação. E o Chefe tem que dizer apenas sim ou não. O meio perfeito para algo ágil assim é o e-mail. Nunca despache um abacaxi gigante ao chefe via correio eletrônico. Essa saída é dos covardes. E medrosos nunca prosperam.
Porte as más notícias
Sim, o gerente pode berrar e punir o portador da má notícia. Isso acontece de vez em quando, claro. Mas você não acreditaria na quantidade de mensageiros feridos que, depois, receberam um pedido de desculpas por tamanha infâmia. Essas admissões de injustiça são ouro puro ao empregado inteligente.

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