quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Você é rápido ou impulsivo?

Por Vicente Vilardaga
Publicado por Revista Alfa Jun/2013

Enquanto o primeiro acha uma solução no menor tempo possível, o outro, em geral, se precipita, queima etapas e acaba fazendo uma besteira. A rapidez que leva ao erro é um defeito profissional.  Ser rápido é uma grande virtude para homens de negócios e executivos de qualquer área. Todos os chefes gostam daqueles profissionais que olham o mundo com perspicácia e agem com rapidez. Muitos ficam milionários da noite para o dia. 

Um lance preciso e bum: R$ 1 milhão muda imediatamente de mãos. Essa sensação de emergência, de que as coisas podem se transformar em um segundo, alimenta o espírito de todos que estão no mercado. A agilidade é um valor em si – ser ágil é uma qualidade. 
Ninguém tem dúvidas a esse respeito. Mas não se deixe levar pelo pior dos caminhos, o do ato impensado. E os limites, às vezes, são tênues. Definitivamente, a rapidez não é considerada uma virtude quando ignora etapas, leva ao erro, a entregas mal-acabadas ou é só uma forma de se livrar de um problema, como quem dá uma batata quente ao outro. Aí, ela se torna voluntarismo, incompetência ou impulsividade. E a impulsividade é um grave defeito profissional.
“Não adianta querer ser ágil sem entender as variáveis críticas que estão em jogo e conectar suas ações com o resultado esperado”, afirma Mario Lucio Machado, diretor-presidente da Wisnet, consultoria de negócios e de recursos humanos. “Muitas vezes, a solução é o caminho do meio, do bom senso e do discernimento. 
Não se trata nem de pensar nos efeitos imediatos nem só no futuro.” Quantos executivos cheios de potencial não sucumbiram ao abismo da impulsividade? Enquanto o rápido encontrava uma boa solução no menor tempo possível, o outro se precipitava e usava o mesmo tempo para fazer uma bobagem. 
Por trás de todo fracasso empresarial existe um equívoco fundamental, às vezes relacionado a um erro estratégico, mas, também, a atos impensados, normalmente relacionados à vontade de querer ganhar dinheiro rápido. É justamente nessa pressa que se manifesta o impulsivo, que queima etapas sem conhecer os processos nos quais está engendrado e os riscos que corre. É claro, às vezes, queimar etapas não é um erro em si e o instinto ajuda a acertar. 
Profissionais bem-sucedidos conhecem bem essa experiência. Nas grandes decisões, normalmente há algum impulso irracional, uma fé em si próprio que parece guiar o verdadeiro homem de negócios ao acerto. 
Fazer apostas, afinal de contas, faz parte do jogo. Mas é importante entender que elas são apenas isso: apostas. Prega-se, hoje, até que se erre rápido, por exemplo. A ideia é que se erre no começo do processo e se corrija a rota.
A melhor forma de saber se você foi rápido e efetivo não é olhando para os resultados. Mas avaliando sua consciência sobre cada passo que foi dado até o ato final. Em alguns casos, você verá, a lentidão e a paciência são qualidades.

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